O cinzento é a cor da monotonia, da lânguidez, da falta de humor ou da falta de sentimentos: cinzas, nuvens densas, sombras, neblina… todas são cinzentas. Mas também é cinzenta a prata (entre outros metais preciosos), inúmeras tipos de rochas … e a lua.
Tão abrangente quanto essa tonalidade é esta coleção de contos: histórias curtas, escritas ao longo dos anos, numa mistura de géneros que vão desde o mistério ao filosófico, do horror ao thriller psicológico.
«Aos Nossos Demónios» é um hino ao lado mais escuro do ser humano, às paixões que habitam dentro de cada um de nós e que nos movem, sobrepondo-se à própria razão.
Escritos em diferentes momentos da vida do autor, estes contos refletem e validam diferentes experiências e estados de espírito que, ao serem plasmados no papel, pretendem produzir uma catarse coletiva.
DEMÓNIOS ÍNTIMOS
Um visitante misterioso procura um livro numa biblioteca onde todas as vidas humanas são registradas, mas não encontra aquilo que procura; a guerra e a política; as vozes que escutamos nas nossas mentes e que nos dizem o que temos de fazer e que nos forçam a agir de maneira errática; o dever, antes de tudo, e sobre como este determina o nosso fim.
O AMOR E O TEMPO ENTRAM A UM BAR
O amor como um sentimento mais poderoso que a própria morte; os desamores; a epifania de que o tempo é um bem escasso e de que não o aproveitamos como deveríamos; a força de um rio que, como o tempo, leva tudo pela frente.
SOBRE A VIDA E A MORTE
Em boca fechada não entra mosca; uma bebida fria como catalisador de memórias; o declínio de um legado; uma carta perdida no tempo; a árdua tarefa diária; uma morte histórica, que nos diz que não devemos confiar em ninguém, nem mesmo na Morte («nos Homens, apenas em um / Com muita cautela, em dois»).
GG KLIMT 